sábado, 19 de novembro de 2011

Lançamento do livro A Presença Indígena no Nordeste: processos de territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memória.

Lançamento do livro A Presença Indígena no Nordeste: processos de territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memória.

João Pacheco de Oliveira (Organizador).

Editora Contra Capa. Rio de Janeiro-RJ, 2011. 714 pág.
Dia 22 de novembro de 2011, a partir das 15 hs, na Fundação Joaquim Nabuco, Recife - Pernambuco.

Mesa Redonda: História Indígena no Nordeste
Debate com os autores

Coordenação: João Pacheco de Oliveira (MN/UFRJ)

Expositores:

 Cristina Pompa (USP)
 Edwin Reesink (UFPE)
 Edson Silva (CE-UFPE)
.Estevão Palitot (UFPB)
 Isabelle Braz Peixoto da Silva (UFC)
.Juciene Ricarte Apolinário (UFCG)
 Maria Rosário de Carvalho (UFBA)
.Marcondes Secundino (FUNDAJ)
.Marcos Galindo (UFPE)
. Ricardo Pìnto (UFPE)
.Rodrigo Grunewald (UFCG)

sábado, 17 de setembro de 2011

Convite para o Lançamento do livro 'Índios e Caboclos: a história recontada'


Sobre a coletânea:

por Carlos Etchevarne

Com a organização desta coletânea de artigos, as antropólogas Maria Rosário de Carvalho e Ana Magda Carvalho atendem à necessidade imperativa de se conhecer o atual panorama etnográfico associado aos povos indígenas do Nordeste do Brasil, que, superando a sua dramática trajetória histórica, emergem no século XX fortalecidos por elaboradas construções identitárias.

Nos dois corpos temáticos em que foram agrupados os textos constatam-se abordagens inovadoras e reflexões aguçadas que, em alguns casos, se contrapõem às clássicas posições teóricas acerca dos grupos indígenas nordestinos. Para demonstrar esses novos caminhos utilizaram-se como personagens norteadores o índio e o caboclo, da forma como o próprio título do livro assim o anuncia.

Trazer a público o estado da arte sobre um tema candente para a antropologia brasileira e, em particular, para a baiana, como são as questões vinculadas ao índio e ao caboclo, não poderia deixar de incorporar as formas de representação no imaginário popular brasileiro e, sobretudo, nos complexos universos religiosos dos próprios grupos indígenas e dos de origem africana. Nesse sentido, o pensamento que transparece em toda a obra é que ao longo da história não houve limites intransponíveis entre um e outro e que, pelo contrário, os aportes foram mútuos e decisivos, ao ponto em que hoje são reconhecidos e respeitados pelos próprios atores sociais.

***

- Maria Rosário de Carvalho é professora associada ao Departamento de Antropologia e Etnologia da UFBA e coordena o Programa de Pesquisa Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro (PINEB/UFBA). 
- Ana Magda Carvalho é doutoranda em Antropologia no Programa de Pós-Graduação da UFBA e, também, é pesquisadora associada ao PINEB/UFBA. Além de artigos das organizadoras, Índios e Caboclos também traz artigos de outros pesquisadores e professores desta área. 

Informações adicionais sobre o livro
IBSN: 978-85-232-0764-9
Número de páginas: 270
Formato: 17 x 24 cm
Ano: 2011
Preço especial de lançamento: R$ 28,00

Serviço
O quê: Lançamento Coletivo EDUFBA – Setembro de 2011
Quando: 20 de setembro de 2011, terça-feira, às 17h30
Onde: Antessala do Reitor (Reitoria da UFBA, Canela – Salvador, Bahia)
Quanto: entrada gratuita

terça-feira, 31 de maio de 2011

NEGROS NO MUNDO DOS ÍNDIOS: IMAGENS, REFLEXOS E ALTERIDADES

CONVITE

A editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EDUFRN), o grupo de pesquisa Cultura, Identidade e Representações Simbólicas – CIRS, o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social – UFRN e a base de pesquisa CASO-IFRN estão convidado para o lançamento do livro:

NEGROS NO MUNDO DOS ÍNDIOS: IMAGENS, REFLEXOS E ALTERIDADES, organizado pelos professores Maria Rosário de Carvalho, Edwin Reesink e Julie Cavignac e publicado pela Editora da UFRN (EDUFRN).

O lançamento acontecerá dia 31 de maio durante o Seminário Povos Indígenas: Identidade Étnica e Diversidade Cultural, após a Conferência de Abertura (18H00), ministrada pela Profª Drª Maria Rosário de Carvalho, no Miniauditório do IFRN.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Entrevista com América Cesar, autora do livro 'Lições de Abril'.

Em clima de lançamento do livro Lições de Abril: a construção de autoria entre os Pataxó de Coroa Vermelha, o Espaço do Autor traz uma entrevista exclusiva com a autora América Cesar. Professora do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia desde 1994, onde graduou-se e obteve o título de mestrado, América Cesar é Doutora em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas. Trabalha com pesquisas na área de linguística, cultura e educação. Atualmente, desenvolve atividades para o magistério indígena e coordena o núcleo local do Observatório Escolar Indígena (CAPES/ INEP/ SECAD). Confira aqui a entrevista:

Por Laryne Nascimento



29 de abril de 2011



1 - Como surgiu a ideia de realizar o trabalho de pesquisa que deu origem ao livro Lições de Abril: a construção de autoria entre os Pataxó de Coroa Vermelha ?



O eixo da pesquisa é consequência de trabalho antigo na área ambiental, mais precisamente no início da década de 90, no movimento de defesa do São Bartolomeu, uma reserva de mata atlântica na região metropolitana de Salvador, de fundamental importância para algumas religiões tradicionais de matriz africana. A compreensão do estudo da linguagem implicado com a importância das águas e das matas para a sobrevivência da diversidade sociocultural e linguística do entorno, me levou a provocar e refletir sobre a construção do texto escrito de professoras das escolas públicas do subúrbio ferroviário, que participavam do Programa Memorial Pirajá .

Posteriormente, em 1997, continuei a olhar essa mesma construção de autoria, mas agora já no processo de formação dos professores indígenas no primeiro curso de magistério indígena na Bahia. Como era professora de língua portuguesa no referido curso, resolvi fazer minha pesquisa de doutorado com o letramento do professor (a) indígena, no Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Unicamp, que tem um grupo de pesquisa pioneiro, direcionado para a  formação do professor indígena.

Daí para Coroa Vermelha, explico no livro, foi o trabalho se fazendo já meio fora de controle das minhas intenções iniciais. O livro é a publicação da tese, que foi defendida em 2002.



2 - Qual foi o momento que mais lhe impressionou durante todo o trabalho de pesquisa realizado na Aldeia de Coroa Vermelha?



Realmente foi a repressão absurda que foi feita pelo governo de então contra os diversos atores que se mobilizaram no chamado Brasil Outros 500 , ou Movimento de Resistência Indígena, Negra e Popular . E, embora os acontecimentos de abril não tenham sido o foco do meu trabalho, terminaram ganhando uma dimensão maior do que a que eu esperava, justamente pela violência das ações geradas nas mais diversas esferas.

Como eu era uma pesquisadora que estava morando na área naquele período, não pude deixar de observar e de me afetar por aqueles acontecimentos, mudando o meu percurso de pesquisa.



3 - Durante o processo de pesquisa para a composição do livro, a senhora enfrentou alguma dificuldade?



A pior de todas foi conviver e compartilhar com os indígenas do clima de tensão gerado pela repressão policial que se acirrou significativamente à medida que se aproximava o 22 de abril, data emblemática no projeto comemorativo oficial, e depois, o 26 de abril, dia também emblemático para a igreja católica, com o evento da missa dos 500 anos de evangelização do Brasil. Depois, foi decidir o que deveria dizer.



4 - Em sua opinião, de que modo esta obra auxilia na discussão sobre a atual situação dos povos indígenas no Brasil?



Bom, na análise dos acontecimentos, pude teorizar sobre o processo que chamo de "construção de autoria/autonomia", que na verdade é uma reinterpretação do que se poderia chamar "resistência Pataxó". Essa construção teórica é fruto da tentativa de compreender como os sujeitos subalternizados, historicamente oprimidos, como diria Paulo Freire, conseguem "tomar a palavra" e se autorizar como produtores de discursos ( e aí inclua a própria autora). Na análise dos acontecimentos de abril, procurei demonstrar como os Pataxó se apropriaram dos acontecimentos e os assimilaram dentro de uma lógica própria, que muitas vezes escapava aos esquemas previsíveis na ordem do discurso dominante, seja o do governo, seja o da igreja, seja o do próprio movimento de resistência organizado em torno do Brasil Outros 500 . Na verdade, os acontecimentos de abril são só o mote para analisar alguns mecanismos dessa "construção de autoria/autonomia". Acho que dá uma idéia da diversidade de posições e expõe a complexidade das relações interétnicas, inclusive dentro da própria comunidade indígena. Se o que digo no livro fizer refletir sobre essa complexidade e contribuir para posições menos assimétricas entre índios e não-índios, ficarei muito feliz.



5 - Como a senhora avaliaria a produção literária acerca da situação dos povos indígenas nos dias atuais?



A produção literária acerca da situação dos povos indígenas ainda é muito pouca para a importância histórica e diversidade dos povos indígenas, só para ficar no Brasil. Mas, felizmente, os próprios indígenas se apropriam hoje dos mais diversos instrumentos e conquistam cada vez mais espaços no sentido de serem ( eles e elas) os autores dos seus textos, das suas ciências e da sua História, criando explicitando, documentando, teorizando epistemologias e referências próprias. Só para dar um exemplo, a propósito, no ano de 2007, os professores e professoras Pataxó lançaram um livro cujo título é "Pataxó: uma história de resistência" em que eles contam a História do povo Pataxó, inclusive esses acontecimentos de abril, sob a sua ótica. Infelizmente, a tiragem foi muito limitada e esse livro só circulou, praticamente, nas comunidades indígenas. Infelizmente, os instrumentos burocráticos para a concessão de recursos para publicação dificultam, quando não impedem, a divulgação da produção intelectual indígena. Está na hora de as editoras das universidades prestarem atenção para a produção literária de autoria indígena, principalmente essa produção dos professores e demais intelectuais indígenas nas escolas e nas universidades.



6 - Após o lançamento deste livro, Lições de Abril , há planos para publicação de outras obras de sua autoria?



Gostei do que disse uma colega: a publicação do livro é apenas o trabalho de uma professora de escola pública prestando contas ao público. Mas, por enquanto, acho que dá para descansar um pouquinho, antes de outra prestação de contas.



7 - Deixe uma mensagem para os leitores da EDUFBA.



Se tem uma coisa que me angustia é ver a durabilidade, a capacidade de perpetuação do racismo, do sexismo, da homofobia, dentre outras formas de opressão. Por isso seria muito bom se cada gesto nosso diariamente pudesse realmente contribuir para explicitar, desmistificar, enfrentar, acabar de vez com essas e outras formas de degradação da dignidade humana. É muito utópico, mas utopia faz falta.

Fonte: http://www.edufba.ufba.br/2011/04/america-cesar/

terça-feira, 26 de abril de 2011

Lançamento do livro Lições de Abril, de América Cesar, pesquisadora associada ao PINEB

Obra aborda os famosos embates na aldeia de Coroa Vermelha a partir de ponto de vista situado entre a Etnografia e a História


        O mês de abril, da "descoberta do Brasil", é época de se discutir, ainda mais, a situação dos povos indígenas nos dias atuais e os problemas por eles enfrentados. O livro Lições de Abril: a construção de autoria entre os Pataxó de Coroa Vermelha, de autoria de América Lúcia Silva Cesar e publicado pela Editora da Universidade Federal da Bahia (EDUFBA), vem contribuir para o fomento dessa discussão, a partir de ponto de vista situado entre a Etnografia e a História.

    Com lançamento marcado para o dia 29 de abril (sexta-feira), esta obra consiste em um detalhado registro do trabalho de campo realizado por sua autora, América Cesar, na aldeia de Coroa Vermelha, quando ela tornou-se palco de diversas discussões, reuniões, embates e conversas, em abril de 2000, integrando uma série de manifestações contrárias ao projeto governamental Comemorações do V Centenário do Descobrimento do Brasil. Os acontecimentos na Coroa Vermelha ganharam imensa visibilidade e uma repercussão talvez não esperada.

    Além de ser um relato sobre os acontecimentos desse período, o livro também apresenta o posicionamento dos Pataxó quanto aos desafios e problemas que enfrentaram na ocasião, sendo, muitas vezes, privados do direito da fala. A obra aborda, ainda, teorias sobre o letramento, a leitura e a escrita no âmbito da Antropologia e Linguística Aplicada.
   
Serviço
O quê: Lançamento do livro Lições de Abril, de América Cesar
Quando: 29 de abril de 2011, sexta-feira, às 18 horas
Onde: Auditório do PAF 3 (Campus de Ondina – UFBA)
Preço do livro: R$ 35,00
Preço promocional de lançamento: R$ 25,00

Informações técnicas
ISBN: 978-85-232-0759-5
Número de páginas: 236
Formato: 17 x 24 cm
Ano: 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Semana da Consciência Indígena em Salvador, 18 a 20 de abril 2011



Semana da Consciência Indígena
Salvador, 18 a 20 de abril 2011


Dia 18.04
Local: Auditório do CEPAIA
Largo do Carmo, 4, em frente à igreja da Ordem Terceira do Carmo, Centro Histórico
Tel.: 71 3241-0811/ 0787

9:00 às 10:00 – Palestra “Os Povos Indígenas na Bahia Hoje”, com Nádia Acauã Tupinambá, representante indígena no Conselho de Cultura da Bahia. Para estudantes do
ensino fundamental e médio e público em geral.

10:00 às 10:30 – Apresentação de dança afro-brasileira. “Ogum Dono do Mundo”.

14:00 às 14:30 – Apresentação da Oficina de Percussão do Espaço Cultural Pierre Verger.

14:30 às 16:30 – Apresentação do Toré e oficina de saberes indígenas pelo Grupo Wpira Swpirá (Xukuru Kariri).


Dia 19.04
Dia do Índio: escolhido no 1º Congresso Indigenista Interamericano realizado na cidade de Patzcuaro (México), em 1940. Em 02 de junho de 1943 (Decreto-lei nº 5.540)
o governo brasileiro adotou a recomendação do Congresso, sendo o Dia do Índio celebrado pela primeira vez no país em 1944.

Local: Auditório do CRH
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - FFCH/UFBA. PASL – Pavilhão de Aulas de São Lázaro, FFCH. Estrada de São Lázaro, s/n, Federação.
Tel.: 71 3283-6431

08:30 às 09:00 - Apresentação do grupo musical latino-americano Bahiamérica.

9:00 às 12:00 - Mesa Redonda “Lutas Indígenas na Bahia: identidade, territórios, criminalização e direitos humanos”. Com Babau Tupinambá e Glicéria Tupinambá - líderes
indígenas; e José Augusto Sampaio, antropólogo Anaí.

O foco é o crescimento, no estado da Bahia, das ameaças sobre os povos indígenas à medida que estes avançam na reconquista legal dos seus territórios.

Local: Auditório do CEAFRO
Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho - Centro
Tel.: 71 3283-5520

14:00 às 14:30 - Apresentação de dança moderna, “O Pássaro Azul”, por Magno Reis.

14:30 às 17:30 – Mesa redonda “Mulheres Indígenas e Negras em movimento: trajetórias e diálogos”. Com Glicéria Tupinambá e Korã Xukuru Kariri – líderes indígenas;
Eliete Paraguaçu e Elionice Sacramento – líderes quilombolas.

Local: Cineteatro Solar Boa Vista
Parque Boa Vista de Brotas, Engenho Velho de Brotas
Tel.: 71 3116-2108

19:00 às 20:00 - Palestra “Todo Dia É Dia de Índio” com Nádia Acauã Tupinambá, representante indígena no Conselho de Cultura da Bahia.

20:00 às 21:00 - Apresentação da Oficina de Violão do Espaço Cultural Pierre Verger.

Dia 20.04
Local: Auditório do CEPAIA
Largo do Carmo, 4, em frente à Igreja da Ordem Terceira do Carmo, Centro Histórico
Tel.: 71 3241-0811/ 0787

14:00 às 16:00 – Apresentação do Toré e oficina de saberes indígenas – Grupo Wpira Swpirá, precedida de uma palestra sobre a trajetória do Grupo e história de luta
do povo Xukuru Kariri.

16:00 às 16:45 - Apresentação do Coral do Espaço Cultural Pierre Verger.


De 18 a 20.04
Das 08:00 às 18:00

Local: AMEI
Largo do Carmo, 4, sala 102, em frente à Igreja da Ordem Terceira do Carmo, Centro Histórico.
Tel.: 71 3241-3001

08:00 às 18:00

Exposição fotográfica “Os Huni Kuin do Rio Jordão”, de Ricardo Pamfilio, etnomusicólogo.

Exibição do vídeo “Livro Vivo”, de autoria do povo Huni Kuin, com apoio da Rede Povos da Floresta.

Exibição de slides fotográficos “Mensageiros Guarani”, por Paulo César Lima, fotógrafo.

Local: CEPAIA
Largo do Carmo, 4, em frente à Igreja da Ordem Terceira do Carmo, Centro Histórico
Tel.: 71 3241-0811/ 0787

Exposição fotográfica “Os Huni Kuin do Rio Jordão”, fotos feitas pelo povo Kaxinawá.

Realização
Ponto de cultura Pinaíndios – Culturas em Rede/Associação Nacional de Ação Indigenista – Anaí.
Centro de Estudos dos Povos Afro-Índios-Americanos – CEPAIA/UNEB

Parcerias
Espaço Cultural Pierre Verger
Associação de Arte, Meio Ambiente, Educação e Idosos – AMEI

Apoio
Ceafro/Ceao/UFBA – Educação e Profissionalização para a Igualdade Racial e de Gênero
Bahiamérica

Solar Boa Vista/Fundação Cultural e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia

sexta-feira, 25 de março de 2011

GT's na REA/ABANNE de pesquisadores do PINEB

  Olá,

Apresento-lhes as propostas dos GT 13 -- A etnologia indígena da Amazônia e do Nordeste Brasileiros" e 25 -- Etnologia da Amazônia meridional: investigando as populações indígenas nas fronteiras entre a floresta e o cerrado do Brasil Central, solicitando que nos ajudem a divulgá-las.

AbraçoS, até mais, Rosário

REA/ABANNE - GT 13: A etnologia indígena da Amazônia e do Nordeste Brasileiro

Ugo Maia Andrade (UFS)
ugomaia@ufs.br
Maria Rosário Gonçalves de Carvalho (UFBA) mrgdecarvalho12@gmail.com

Percebidos como mundos paralelos que convergem apenas nos índices sociais e econômicos, a Amazônia e o Nordeste brasileiro facilmente são tomados como realidades etnográficas imiscíveis, uma vez que, grosso modo, é relativa a diferença de grau de distinção cultural das sociedades indígenas aí presentes. Temas como contato, relações interétnicas, políticas de identidade, sociogênese, movimentos de reetnização e gerenciamento de relações com agências estatais têm dominado, por um lado, os estudos de etnologia indígena do Nordeste brasileiro no último quartel; por outro lado, cosmologia, ritual, variabilidade de morfologias sociais, dinâmicas de transformação, sistemas de parentesco e gerenciamento de relações com agências extra-humanas continuam a figurar como assuntos clássicos da etnologia indígena da Amazônia. Trata-se de duas tendências diversas e metodologicamente divergentes: a primeira, inspirada por um horizonte “externalista”, põe ênfase em processos coloniais de territorialização, categorização de grupos por atos administrativos e engendramento de unidades sociais face ao Estado-nação; a segunda, “internalista”, está voltada para as transformações que viabilizam a síntese de termos antitéticos a fim de garantir contigüidades estruturais por meio de diferentes gerenciamentos de alteridades. Não obstante tais tendências, cabe perguntar pelas membranas e intersecções entre as etnologias produzidas sobre ambas as regiões, seja por meio de estudos de comunidades emergentes na Amazônia, do xamanismo atinente ao complexo do toré no Nordeste, etc. Diante de tais considerações, o presente GT propõe reunir, aproximar e estimular o diálogo entre pesquisas sobre temas diversos que transpassem a etnologia indígena sobre as regiões em questão, procurando proporcionar um espaço de reflexão sobre sistemas ameríndios não comprometido com dicotomias do tipo “externalismo X internalismo” e em busca de confluências etnográficas – teóricas e metodológicas – sobre tais sistemas, na Amazônia e no Nordeste.


GT 25 - "Etnologia da Amazônia meridional: investigando as populações indígenas nas fronteiras entre a floresta e o cerrado do Brasil Central"

Felipe Vander Velden (UFSCar)
Edwin Reesink (UFPE)
Estevão Fernandes (UFRO)

"Este grupo de trabalho pretende reunir pesquisadores trabalhando com populações indígenas na faixa meridional da Amazônia, que se estende do vale do Araguaia, a leste, ao Acre, no oeste. Esta região configura-se como uma `zona de transição' entre as formações sócio-cosmológicas tipicamente amazônicas (Tupi) e aquelas características do Brasil Central (Macro-Jê). Este território apresenta grande diversidade, englobando povos falantes de línguas de diversas famílias dos troncos Tupi e Macro-Jê, mas também de outras famílias lingüísticas menores e de línguas isoladas. Conhecemos ainda muito pouco destas sociedades, e menos ainda de suas trajetórias históricas e das relações que entreteceram entre elas ao longo do tempo. Trabalhos em lingüística e arqueologia vêm destacando cada vez mais a importância desta região como zona de origem de vários grupamentos lingüísticos, tal como os Tupi e os Macro-Jê. Estudos em etnohistória sugerem complexas relações entre povos na área do Tapajós-Madeira, e o mesmo se diga das relações entre formações sociais e cosmológicas da floresta amazônica e do cerrado centro-brasileiro. Esperamos oferecer um espaço para rediscutir este complexo território indígena, agrupando trabalhos que se debruçam sobre as populações indígenas na região, buscando preencher lacunas no conhecimento da área, em especial pelo compartilhamento de dados de pesquisa. Esperamos dar início a um esforço de adensamento dos mapas de inter-relações entre as sociedades que habitam a região, melhorando nosso entendimento dos cenários multi-étnicos nesta fronteira entre a Amazônia e o Brasil Central. Além disso, pretendemos abrir espaço para a rediscussão dos modelos etnológicas que opõem populações de diferentes famílias lingüísticas, a partir de certa noção da relação língua/cultura. Um dos modos de revisar estes modelos poderá ser a investigação desta área que abriga populações de diversas filiações lingüísticas, e que estabelecem variadas relações entre elas."



Site oficial do evento: http://www.ufrr.br/rea2011/

quinta-feira, 10 de março de 2011

Comunidade Pataxó Hã-Hã-Hãe encontra cemitério antigo em área retomada

Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia confirmaram, no dia 1º de março, que se trata de artefatos indígenas

Por Cimi Regional Leste - Equipe Itabuna

No final do mês de janeiro, um grupo de indígenas Pataxó Hã-Hã-Hãe encontrou uma urna funerária e várias cerâmicas antigas na área retomada que fica na região de Água Vermelha, município de Pau Brasil, sul da Bahia. Os indígenas aravam a terra para plantar uma roça de feijão e milho, quando começaram a aparecer vários pedaços de cerâmicas, algumas com detalhes e depois acabaram encontrando um pote, enterrado aproximadamente 1,5 m no chão.

De acordo com o indígena Sinhozinho Pataxó, coordenador do grupo de roça, eles só perceberam a importância do achado quando um índio escutou o barulho de algo se trincando e, ao se aproximar do objeto, veio a surpresa do grande pote enterrado. “Ao observar mais de perto, percebemos que dentro do pote havia ossos, continuamos o trabalho em outro local próximo e foram encontrados mais dois potes. Decidimos então informar as nossas lideranças sobre o achado!”, relatou.

Assustados, os indígenas entraram em contato com uma equipe do Cimi em Itabuna que, de imediato, aproveitando a presença da antropóloga Patrícia Navarro na região, convidou-a para ir ao local. Ao chegarem, constataram que se tratavam realmente de urnas funerárias, ainda contendo ossos. A comunidade isolou a área e parou o plantio no local. A equipe do Cimi tirou fotos e enviou a especialistas, que através das fotos, acreditaram ser aquela área um provável e antigo cemitério indígena.

Pesquisadores

No dia 1º de março, uma equipe de pesquisadores esteve na área em questão para analisar as urnas e os achados da comunidade. A equipe é coordenada pelo professor Carlos Etchevarne, que é argentino, mas mora desde 1985 em Salvador. Professor e pesquisador do Departamento de Antropologia da UFBA, Carlos é mestre em Arqueologia pela Universidade de São Paulo (USP), Doutor em Pré-História pelo Museu de História Natural de Paris e PhD pelo Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra, em Portugal. Desde 1998, vem estudando as pinturas rupestres na Bahia. Forma também a equipe a professora Maria do Rosário, que é Doutora em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo. Professora da Universidade Federal da Bahia - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas no Departamento de Antropologia e Etnologia. É Vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFBA e atual presidente da Associação Nacional de Ação Indigenista (ANAí- BA). Desde o início da década de 1990 é Coordenadora do Programa de Pesquisas Sobre Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro (PINEB).

No local, a equipe de pesquisadores foi recebida por uma grande quantidade de membros da comunidade, anciões, crianças e professores do colégio da aldeia que foram liberados para ir ao local e lideranças do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe.

O professor Etchevarne, confirmou a descoberta dos Pataxó Hã-Hã-Hãe. “Ficamos impressionados com os detalhes das cerâmicas, principalmente as conhecidas como ‘casco de tatu’ devido a sua semelhança como o casco do referido animal”, destacou Etchevarne.

Segundo o professor, o material precisará ser levado a Salvador para uma pesquisa mais detalhada, mas a princípio, pelos seus conhecimentos, trata-se mesmo de artefatos indígenas, não sendo possível ainda definir a que povo pertence e a data exata dos objetos encontrados. A pesquisa em Salvador, com uma técnica conhecida como “Carbono 14”, poderá dar estes elementos.

Perguntado sobre o significado desta descoberta para os Pataxó Hã-Hã-Hãe, Fábio Titiah, liderança jovem do povo destacou que a verdade se revelou. “Para nós índios Pataxó significa que o que os fazendeiros quiseram esconder da justiça veio a se revelar, após tomarmos posse de parte de nossa terra. É uma grande prova que essa terra é realmente nossa. Era aqui que os nossos ancestrais viviam felizes, e cuidavam de seus espíritos. Em outras regiões da nossa aldeia também foram encontrados esses cacos, o que nos faz compreender o quanto era grande a nossa aldeia, que grande parte de nosso povo foi exterminado e sua terra roubada. Acreditamos que, após a justiça conferir esses fatos, não há como julgar errada a ação de nossa terra que tramita no Supremo Tribunal Federal”.

Sem dúvida nenhuma, esta é uma grande vitória não só para o povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, mas para todos os povos indígenas desta região, que até nos dia hoje sofrem acusações difamatórias que afirmam que nunca existiu índio naquela região.

 fonte: Cimi Regional Leste - Equipe Itabuna

Fonte: Cimi Regional Leste - Equipe Itabuna

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Confira a Série educativa "Índios no Brasil" produzida pelo Vídeo nas Aldeias

O Vídeo nas Aldeias tem como um de seus objetivos principais a formação de realizadores indígenas. O Projeto dá suporte técnico e financeiro para a produção e difusão dos vídeos entre os povos indígenas, permitindo que essas comunidades fortaleçam manifestações culturais e escolham histórias que desejam narrar e conservar tanto para as futuras gerações quanto para outros povos - indígenas e não indígenas.

Para saber mais, não deixe de consultar:
videonasaldeias.org.br

***
A série de dez programas educativos “Índios no Brasil”, produzida para renovar o currículo escolar, é apresentada pelo líder indígena Ailton Krenak e mostra, sem intermediários, como vivem e o que pensam os índios de nove povos dispersos pelo território nacional. Confira, abaixo, os links e a sinopse de cada um dos 10 episódios da série. Clique e assista:

- Índios no Brasil - 1. Quem são eles?
O primeiro programa da série traz à tona, por meio de entrevistas com populares em diversas partes do país, o desconhecimento e os estereótipos do senso comum sobre a realidade indígena que está na base do processo de discriminação sofrido por estas comunidades. O índio é aquele que anda pelado no mato? O índio está acabando? O índio está deixando de ser índio? Os nove personagens escolhidos para representarem seus povos vão rebatendo um a um estes equívocos.

- Índios no Brasil - 2. Nossas Línguas
O segundo episódio relata a repressão histórica às línguas indígenas praticadas ao longo destes 500 anos por intermédio das missões religiosas, dos funcionários de governo ou da população não índia. E, apesar de toda esta repressão, os índios resistiram: ainda são faladas mais de 180 línguas indígenas no Brasil. A Constituição de 1988 finalmente lhes reconhece o direito à diferença e ao ensino de suas línguas em suas escolas, como vemos na Escola da Floresta do professor Joaquim Kaxinawá no estado do Acre. 

- Índios no Brasil - 3. Boa Viagem, Ibantu!
Para vivenciarem a diversidade cultural, quatro jovens de diferentes regiões do Brasil são convidados a viajarem até a aldeia dos Krahô, situada no estado do Tocantins. Os jovens chegam cheios de expectativas e idéias preconcebidas. Os Krahô os recebem de braços abertos e a integração é imediata. Os jovens participam das cerimônias e dos trabalhos realizados na aldeia. Têm o corpo pintado com urucum e jenipapo. São batizados e recebem nomes indígenas. A despedida é pura emoção. 

- Índios no Brasil - 4. Quando Deus visita a aldeia
...Agora, os mesmos jovens visitam a tribo dos Kaiowás, no Mato Grosso do Sul, esperando encontrar algo similar à aldeia dos Krahô. Mais uma vez suas expectativas caem por terra. Já nas primeiras impressões os jovens sentem as diferenças: as casas dispersas, já não existem mais matas ao redor e as pessoas estão maltrapilhas. Para além das aparências, eles descobrem a intensa vida religiosa dos Kaiowá e a opressão de que são vítimas por parte dos colonos que tomaram as suas terras. No final, eles concluem que cada povo indígena é único, tão diferente entre si como o povo japonês do alemão. 

- Índios no Brasil - 5. Uma outra história
O Brasil foi descoberto ou invadido? O filme de Humberto Mauro de 1940 dá a sua versão sobre o Descobrimento do Brasil. Mas os índios são unânimes em afirmar que o país foi invadido porque eles já estavam aqui. Dependendo do ponto de vista de cada um, existem várias versões da história do Brasil, e aqui os índios contam as suas. A cartilha de história das escolas indígenas do Acre, por exemplo, divide a história do Brasil em quatro períodos: o tempo das malocas, antes da chegada de Cabral; o tempo das correrias, quando os índios foram caçados à bala para a ocupação dos seus territórios; o tempo do cativeiro, quando eles foram usados como mão de obra escrava no corte de seringa; e finalmente o tempo dos direitos, quando finalmente conquistaram o direito à terra e à sua cultura própria. 

- Índios no Brasil - 6. Primeiros Contatos
O processo de conquista iniciado por Cabral prossegue, com a ocupação do Planalto Central na década de 50 e da Amazônia na década de 70. Retratados em imagens históricas da “pacificação” de tribos do Mato Grosso, Rondônia e sul do Pará, assistimos à catástrofe do contato que dizima as suas populações. Para concluir o caso de pequenos grupos atropelados pelo desenvolvimento no sul de Rondônia, até um único sobrevivente de um povo que se recusa ao contato até os dias de hoje. 

- Índios no Brasil - 7. Nossas terras
Nos últimos 20 anos a maior parte das notícias sobre os índios foi sobre a questão de terras, o maior problema na relação entre índios e brancos. Muita gente diz que “o índio tem muita terra”. Os grandes territórios indígenas se encontram na região amazônica, e correm o risco de se tornarem as únicas reservas florestais deste país. Em compensação, nas áreas mais colonizadas, os índios perderam quase tudo e travam uma luta incessante para a reconquista do espaço necessário ao crescimento de suas populações. 

- Índios no Brasil - 8. Filhos da terra
Como os índios se relacionam com os seus territórios ancestrais? O uso sustentável dos recursos da natureza é um conceito milenar das populações indígenas. Agora, ingressando na economia de mercado, muitos povos desenvolvem experiências de desenvolvimento sustentável com a exploração não predatória dos recursos da floresta, inspirada na filosofia dos seus antepassados. 

- Índios no Brasil - 9. Do outro lado do céu
A religiosidade e o sentido místico da cultura indígena, tendo como referência as tribos Yanomami (RR), Pankararu (PE) e Maxacali (MG). No caso da tribo Maxacali, o índio José Ferreira discorre sobre o conceito de religiosidade para a sua etnia. Acreditam em seres espirituais bons, que vivem acima do céu, e ruins, que vagam pela terra. Os bons protegem os índios da tribo e exterminam doenças. Os xamãs da tribo Yanomami, verdadeiros “médicos espirituais” tratam da relação do mundo dos homens e com as forças da natureza. Também são mostradas as festas realizadas pela tribo Pankararu, onde os índios invocam os espíritos encantados que os protegem. 

- Índios no Brasil - 10. Nossos direitos
Depoimentos sobre os direitos já conquistados e legitimados pela constituição atualmente vigente: o direito à terra, à saúde, ao ensino de suas línguas e à livre organização de suas comunidades. Lideranças indígenas reiteram a necessidade de se respeitar os direitos conquistados pelos povos indígenas. Há depoimentos do líder da federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), Pedro Garcia e lideranças das tribos indígenas Kaiowá, Kaxinawá, Yanomami, Ashaninka e Kaingang. 

Jean Rouch, do filme etnográfico à antropologia visual (2004)

Para fins pedagógicos, de investigação e culturais. Não é permitido o download.

Jean Rouch, do filme etnográfico à antropologia visual
(2004)

Jean Rouch é a figura incontornável e a referência primeira do cinema etnográfico não apenas pela quantidade de filmes realizados mas pela qualidade das obras, a contínua inovação nos procedimentos de pesquisa e a criação de estruturas fundamentais para o desenvolvimento do género – criação do Comité du Film Ethnographique fundado por Rouch em 1953, do Bilan du Film e Ethnographique. Manteve desde 1975 contactos assíduos com o Porto, através do Instituto Franco-Portugais, onde criou um punhado de bons amigos e onde conheceu Manuel de Oliveira. Na década de 1990 contamos com a presença de Jean Rouch em Portugal por variadas vezes: na celebração dos 100 do Cinema (1992) na Mostra de cinema etnográfico Imagens do Mundo, Mostra do Cinema Etnográfico Francês (1995), na realização com Manoel de Oliveira do filme Une poignée de mains amies rodado na cidade do Porto (1996) e em muitas outras circunstâncias. Foi em 1992 que gravamos esta conversa com Rouch. Este encontro abriu caminho para a pesquisa e o trabalho qua a partir daí realizei e para muitos dos colegas que me acompanharam desde este início. A conversa registada em 1992 permaneceu inédita até 2004. O seu valor como memória da sua presença e como material de formação levou-nos à sua tradução e à edição em DVD em Abril de 2004. Este trabalho e o hipermédia em que foi integrado constituíram uma homenagem a Jean Rouch pois quando realizávamos um workshop em Antropologia Visual e Hipermedia no Porto, com os parceiros que fizeram connosco o percurso dos encontros com Jean Rouch, recebemos a notícia de sua morte. Rouch permanece vivo nas histórias que nos contou nos seus filmes mas também nesta lição que pretendemos dar conhecimento aos interessados nesta área. Esta conversa tornou-se um material pedagógico utilizado em múltiplos workshops de Antropologia Visual em Portugal e no Brasil. A sua disponibilização pública constitui uma lição aberta para os seus utilizadores.

José da Silva Ribeiro
Porto, 28 de Maio de 2010

A tradução da entrevista de Jean Rouch pode ser encontrada em www.doc.ubi.pt/03/artigo_jose_ribeiro.pdf

Ficha Técnica:

Realização: José da Silva Ribeiro
Montagem: José da Silva Ribeiro e Maria Fátima Nunes
Colaboração: Ségio Bairon, Agostinho Frias, Delfina Raimundo, Istitut Français de Porto e Centro de Recursos da DREN


 ***     Assista AQUI.     ***

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Curta-metragem "Xukuru Ororubá"

Conheci a Marcília, por acaso, através de um amigo que compartilhou, numa lista de discussão, o filme dela feito em Super-8. Entrei em contato e conversamos brevemente. Enfim, propus compartilha-lo no blog do PINEB, e ela gentilmente aceitou. Segue o filme com uma breve apresentação dela em formato mini-entrevista: 





Xukuru Ororubá (BA 2008)
15 min, P&B, Super-8 e DV (24fps)
Direção e roteiro: Marcilia Barros

Prosa amena com a diretora do filme:

Como você se interessou pela temática indígena?

MB: O índio tá no meu arquétipo… A idéia do filme documentário “Xukuru Ororubá” tem início com as pesquisas do roteiro de longa-metragem ficção no qual o tema central é o mito dos Cavaleiros de Aruanda. Durante as pesquisas, descobri que havia no Pernambuco um povo indígena que os representava, então não hesitei em arrumar as malas e seguir para conhecer a Aldeia Xukuru.

Pode nos apresentar um pequeno resumo do filme, e de como surgiu a idéia de focá-lo no líder Xicão?

MB: Foi conhecendo a aldeia e seus habitantes, vivendo lá durante algum tempo que descobri a importância e força do líder político Xikão Xukuru, então percebi que seu reinado de resistência era a representação dos Cavaleiros de Aruanda.

Sinopse: A força política dos Xukuru se sustenta na força dos encantados que habitam a serra sagrada do Ororubá. Imersos no mundo moderno, onde impera a política de exclusão, os Xukuru afirmam sua identidade reelaborando suas crenças e criando formas alternativas de organização social, mantendo vivo o sonho de Xikão Xukuru.

"Estamos estudando o passado, vivendo no presente e propondo um novo futuro!"

Ao fazê-lo, qual efeito de consciência você quis despertar no público?

MB: Quis possibilitar que o povo Xukuru pudesse ter voz e assim reafirmar seus direitos. Quis romper com a imagem romântica do índio, mostrando o índio moderno com informação, o índio do século XXI. Índio esse que nos habita o arquétipo.

Pode ver mais info sobre o filme no blog:
http://xukuruororuba.blogspot.com/
Não deixe de ler a critica da pesquisadora Laura Bezerra
http://xukuruororuba.blogspot.com/2009/11/critica-do-filme-por-laura-bezerra.html

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"A Antropofagia e seus malentendidos. Os Tupi do Brasil."

Conferência de Manuela Carneiro da Cunha durante o ENCONTRO INTERNACIONAL DE ANTROPOFAGIA.

Sesc Pompéia, São Paulo, dezembro de 2005. EIA!
Direção Zé Celso Martinez Correa / Curadoria e Direção Artística Beatriz Azevedo.



O vídeo está dividido em 4 partes:
Parte 2: Clique aqui.
Parte 3: Clique aqui.
Parte 4: Clique aqui.

Nota Pública do Painel de Especialistas sobre a UHE Belo Monte

Nota Pública do Painel de Especialistas sobre a UHE Belo Monte
Publicado em 05 de fevereiro de 2011
Por Xingu Vivo

O grupo de pesquisadores, professores universitários e estudantes de pós-graduação que constitui o Painel de Especialistas tem dialogado, nos últimos dois anos, com os movimentos sociais e indígenas da região de Altamira sobre o Projeto da UHE Belo Monte, com a finalidade precípua de produzir uma análise criteriosa dos documentos referentes ao seu processo de licenciamento.

Neste momento em que o IBAMA autoriza a construção de obras (canteiros, prédios, estradas), o desmatamento de 238,1 hectares, e a abertura de clareiras e picadas nos rios Bacajá e Xingu, mediante a Licença de Instalação nº 770/2011, a Autorização de Supressão de Vegetação nº 501/2011 e a Autorização de Abertura de Picada nº505/2011, respectivamente, o Painel de Especialistas informa:

o acompanhamento do Plano Básico Ambiental, do atendimento às condicionantes expressas na Licença Prévia e das justificativas expressas na “Licença de Instalação Parcial” – que sequer figura na legislação referente ao Licenciamento Ambiental Brasileiro – evidencia que existe um processo de transformação daquilo que deveria ser prévio e condicional em medida genérica de acompanhamento e monitoramento. Avilta-se, através deste triste exemplo, a possibilidade do licenciamento ambiental se constituir enquanto ferramenta de planejamento público e como peça de compromisso social. Procura-se decompor uma das etapas da licença, suprimindo cautelas técnicas e direitos da população – ameaçada pelo projeto e pela superficialidade das ações tomadas após a concessão da Licença Prévia. Este último movimento do processo de licenciamento denota descompromisso do empreendedor e do órgão de licenciamento ambiental com o equacionamento entre o aproveitamento hidrelétrico pretendido, os direitos da população e o meio ambiente.

O Painel de Especialistas
- alerta a opinião pública e as autoridades máximas do governo brasileiro para os riscos de uma situação social explosiva, e endossa a preocupação com consequências ecológicas e culturais nefastas e irreversíveis;
apela aos cientistas brasileiros e do mundo a adotar uma posição crítica e vigilante, a direcionar os seus estudos para produzir evidências sobre
o desastre econômico, social e ambiental anunciado, a compartilhar do esforço de publicizar resultados de pesquisas sobre as questões técnico-científicas e políticas do projeto;
- a concessão da Licença de Instalação nº770/2011, a Autorização de Supressão de Vegetação nº 501/2011 e a Autorização de Abertura de Picada nº505/2011;
- convoca os cientistas do Brasil e do mundo a se unirem em defesa do compromisso social da Ciência e de seus profissionais de não realizar atos ou tomar decisões que representem destruição de culturas, extinção de espécies e ameaça à vida e à paz.

Clique aqui para ler a  íntegra da nota

Nota:
Para ler o Painel na íntegra, publicado em outubro de 2009, intitulado "Painel de Especialistas: Análise Crítica do Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte" acesse AQUI.

Ministério da Educação acaba de publicar a Coleção História Geral da África.

Livro completo, gratuito, em PDF com 8 arquivos.

O Ministério da Educação acaba de publicar a Coleção História Geral da África, produzido sob os auspícios da UNESCO.

O download da coleção está super fácil e rápido. Segue o link para baixar
http://www.unesco.org/pt/brasilia/dynamic-content-single-view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese/back/9669/cHash/b09c14fd46/

Em 1964, a UNESCO dava início a uma tarefa sem precedentes: contar a história da África a partir da perspectiva dos próprios africanos.
Mostrar ao mundo, por exemplo, que diversas técnicas e tecnologias hoje utilizadas são originárias do continente, bem como provar que a região era constituída por sociedades organizadas, e não por tribos, como se costuma pensar.
Quase 30 anos depois, 350 cientistas coordenados por um comitê formado por 39 especialistas, dois terços deles africanos, completaram o desafio de reconstruir a historiografia africana livre de estereótipos e do olhar estrangeiro. Estavam completas as quase dez mil páginas dos oito volumes da Coleção História Geral da África, editada em inglês, francês e árabe entres as décadas de 1980 e 1990.

Além de apresentar uma visão de dentro do continente, a obra cumpre a função de mostrar à sociedade que a história africana nã o se resume ao tráfico de escravos e à pobreza. Para disseminar entre a população brasileira esse novo olhar sobre o continente, a UNESCO no Brasil, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (SECAD/MEC) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), viabilizaram a edição completa em português da Coleção, considerada até hoje a principal obra de referência sobre o assunto.

O objetivo da iniciativa é preencher uma lacuna na formação brasileira a respeito do legado do continente para a própria identidade nacional.

O Brasil e outros países de língua portuguesa têm agora a oportunidade de conhecer a Coleção História Geral da África em português. A coleção foi lançada em solenidade, em Brasília, com a presença dos ministros de Educação e Cultura.

Novo ministro do STF, Luiz Fux, apoia cotas e terras quilombolas

"As ações afirmativas evitam a institucionalização das desigualdades", afirmou o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, em sabatina do Senado Federal. Indicado pela presidente Dilma Rousseff, Fux foi confirmado na quarta-feira, 9 de fevereiro, pelo Senado, por 68 votos a 2. Ele deve tomar posse no dia 3 de março.

Alguns senadores trouxeram ao novo ministro questões polêmicas, como a lei da homofobia, a flexibilização da Lei Maria da Penha e a questão das cotas raciais. Fux evitou respostas diretas, justificando que se trata de matérias que aguardam julgamento do STF ou podem ser levadas ao STF.

O novo ministro não evitou, porém, posicionar-se sobre os grandes temas de interesse social. "Não basta afirmar que todos são iguais perante a lei", lembrando que essas políticas combatem a "institucionalização das desigualdades". O ministro ressaltou, também, a importância do respeito aos tratados internacionais.

"Eu me preparei para todas as questões, inclusive para aquelas que não devo responder", arrematou, bem-humorado. O novo ministro é autor do voto que influenciou uma decisão emblemática para o reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos no Brasil, pela 1a Turma de Ministros do STJ. A indicação da presidente Dilma Rousseff tem respaldo de organizações de direitos humanos e políticos do governo e da oposição.

Aos 57 anos, Luiz Fuz substitui o ministro Eros Grau, aposentado. Como ministro do STF, tribunal que atua como guardião da Constituição brasileira, Luiz Fux participará de julgamentos que podem determinar os rumos de políticas públicas.

Fonte: http://www.generoracaetnia.org.br [1]

Fonte: http://www.generoracaetnia.org.br

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Novo site da ANAÍ está no ar.

O novo sítio eletrônico da ANAI (Associação Nacional de Ação Indigenista) está no ar desde o dia 2 de fevereiro. Segue abaixo a apresentação desta pioneira instituição cuja filosofia de trabalho está abrigada na defesa dos direitos dos povos indígenas do Brasil, em especial, do Nordeste e Leste Brasileiro.

Para conhecer mais, acessem: www.anai.org.br

Este é o sítio eletrônico da Anaí - Associação Nacional de Ação Indigenista, organização não-governamental com sede em Salvador, Bahia, dedicada à defesa e à promoção dos direitos dos povos indígenas, de sua autodeterminação e valores culturais, e, de modo mais amplo, ao reconhecimento e ao respeito à sociodiversidade e à diversidade cultural do Brasil.

Com estes objetivos dispomos, neste 'site', informações sobre o trabalho desenvolvido pela instituição, sobre os povos indígenas com que trabalhamos na região Nordeste - Leste do país, e sobre a política indigenista no Brasil e no mundo.

Ao ser criada em 1979, a Anaí integrou um movimento da sociedade civil pela proposição de um novo indigenismo - ou seja, novas bases políticas de relacionamento entre a sociedade e o Estado brasileiros e os povos indígenas no país - capaz de superar os paradigmas da tutela estatal e, acima de tudo, da assimilação desses povos a contingentes etnicamente indiferenciados da sociedade brasileira.

Esse movimento integrava uma articulação política mais ampla em prol da redemocratização do país e, com ela, da afirmação dos valores do pluralismo e da diversidade culturais em contraposição à imposição dos valores de uma pretensa "unidade nacional" calcada na subjugação dos diferentes segmentos étnicos e culturais que compõem a sociedade brasileira, muito próprios de toda a sua formação colonial e autoritária, assim como do regime de exceção então no poder.

Com sede na Bahia e dedicada ao acompanhamento mais próximo das lutas dos povos indígenas em sua região, a Anaí logo se deu conta de que a experiência histórica desses povos é exemplar na afirmação daquela diversidade e da sua persistência.

Com efeito, o território dos dez estados no Nordeste - Leste do Brasil (do Piauí a Minas Gerais e Espírito Santo), foco do nosso interesse, corresponde à área de mais antiga colonização no Brasil (séculos XVI e XVII), sobre cujos povos indígenas mais pesadamente se abateram tanto o ímpeto genocida dos primórdios desse processo colonial quanto, ao longo dos séculos seguintes, as mais variadas formas de desautorização legal e política de suas identidades indígenas, por força das compulsões culturais e dos processos de "integração" forçada a que foram submetidos.

De fato, ao iniciarmos o nosso trabalho no final da década de 1970, havia em toda essa região 14 povos indígenas reconhecidos, com uma população de no máximo 15 mil indivíduos, que muitos especialistas criam em franco e inexorável declínio. Passadas três décadas, há hoje, nos estados do Nordeste - Leste do Brasil, mais de 60 diferentes grupos étnicos indígenas, com uma população superior a 150 mil pessoas, resultado, nesse período, de vigorosos processos de afirmação étnica e, mais que isso, de intensas lutas pelo reconhecimento, defesa e garantia de seus direitos, em especial à posse dos seus territórios tradicionais.

A Anaí entende que essas lutas fazem parte e são exemplo marcante das lutas de amplos segmentos da sociedade brasileira pela afirmação e defesa de sua diversidade sociocultural e dos direitos que lhes assistem de modos específicos.

É justamente o exemplo da experiência histórica singular dos povos indígenas do Nordeste - Leste do Brasil enquanto signo de afirmação radical da diversidade sociocultural brasileira e de sua persistência e renovação constantes que a Anaí busca testemunhar e divulgar com o seu trabalho.

Confiamos que este seja um espaço de interlocução e aprendizado produtivos. Bom proveito!

Equipe Executiva da Anaí

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Informações sobre a participação nos encontros de antropologia

Colegas

Seguem os sites com informações sobre a participação nos encontros de antropologia:

RAM - 10 a 13 de julho / Curitiba
http://www.sistemasmart.com.br/RAM/default.asp?err=004

REA/ ABANNE - 14 a 14 de agosto / Boa Vista
http://agreste.blogspot.com/2010/11/iii-rea-e-vii-abanne.html

Abraços

Franklin

Contratação ISA Pró-Yanomami (Projeto de Educação Yanomami)

PROGRAMA RIO NEGRO
ISA Pró-Yanomami

Termo de Referência para contratação O Instituto Socioambiental (ISA Pró-Yanomami) está contratando uma pessoa para atuar junto aos Yanomami através do projeto de educação. O profissional deverá ter habilitação em alguma das seguintes áreas: Antropologia, Biologia Ecologia ou áreas afins.

O Instituto Socioambiental (ISA) é uma associação civil, sem fins lucrativos,
qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), fundada em 22 de abril de 1994, por pessoas com formação e experiência marcante na luta por direitos sociais e ambientais. O ISA tem como missão institucional defender bens e direitos sociais, coletivos e difusos, relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos. Produz estudos, pesquisas, projetos e programas que promovam a sustentabilidade socioambiental, divulgando a diversidade cultural e biológica do país.

O ISA Pró-Yanomami tem por objetivo defender os direitos territoriais, culturais e civis dos Yanomami, tendo surgido em janeiro de 2009 quando o ISA passou a gerenciar os projetos até então desenvolvidos pela Comissão Pró-Yanomami (CCPY). Nesse sentido, o ISA assumiu a missão da CCPY e incorporou sua equipe e financiamentos, dando continuidade às ações que se organizam em duas frentes: o Projeto de Educação Yanomami (PEY) e o Projeto Gestão Territorial Yanomami (GT).

O Projeto de Educação Yanomami (PEY)

O PEY busca o reconhecimento oficial da rede escolar yanomami multilíngüe que respeite os processos próprios de aprendizagem, as propostas pedagà³gicas, que possua subsídios didáticos próprios e que seja formada por um quadro de docentes yanomami e mantida pelo governo brasileiro. Suas ações são voltadas principalmente à formação de pesquisadores indígenas, formação e certificação dos professores yanomami, apoio às escolas, produção de materiais didáticos bilíngües e a referenciar políticas públicas educacionais adequadas ao contexto yanomami.

O assessor contratado deverá realizar as seguintes atividades:

Orientar professores e pesquisadores yanomami em suas atividades escolares e desenvolvimento de pesquisas; assessorar a produção de materiais didáticos; planejar; acompanhar e ministrar cursos de formação e também registrar e socializar cada atividade desenvolvida através da elaboração e circulação de relatórios.

Requisitos desejáveis:

ü Interesse em trabalhar em contato direto com os Yanomami;
ü Disponibilidade e interesse em aprender a língua yanomami;
ü Capacidade de orientar pesquisas;
ü Experiência prévia em trabalho com populaçàµes indígenas;
ü Facilidade para relacionamento e trabalho em equipe;
ü Organização;
ü Disponibilidade para morar em Boa Vista /RR;
ü Disponibilidade para viagens;
ü Disposição física para o trabalho em área de floresta remota, incluindo
caminhadas, deslocamentos de avião e barco;

ü Interesse em temas relacionados à educação, pesquisa e gestão
territorial;

ü Formação superior em alguma das seguintes áreas: Antropologia, Biologia,
Ecologia ou áreas afins.

ü Conhecimento em informática: Word, Excel, tratamento de imagem,
diagramação.

ü Disponibilidade para trabalhar por mais que dois anos.

Condições
ü Emprego em CLT conforme legislação vigente.
ü Contrato de experiência por 60 (sessenta) dias.
ü Benefícios: seguro saúde, auxílio alimentaà§ão e seguro de vida.

Os interessados devem enviar Curriculum Vitae acompanhado de uma carta de intenções onde manifeste os motivos que o levam a querer trabalhar no projeto e sua pretensão salarial.

A documentação solicitada deverá ser enviada para o e-mail
lidia@socioambiental.org, com cópia para anamachado@socioambiental.org

A documentação deverá ser enviada até dia 20 de fevereiro de 2011

O ISA entrará em contato até o dia 1 de março, apenas com os candidatos
selecionados na primeira fase (apreciação da documentaçà£o enviada). A segunda
fase da seleção será uma entrevista.

Chamada Revista de História da UFBA

Aos estudantes e pesquisadores

A Revista de História da Universidade Federal da Bahia, uma iniciativa do corpo discente dessa instituição,lança chamada de trabalhos para a sua quinta edição, com lançamento previsto para abril de 2011. Serão aceitos artigos e resenhas até
28 de fevereiro de 2011.

Consultem em nosso sitio eletrônico (www.revistahistoria.ufba.br) informações sobre as normas para publicação e a forma de envio dos trabalhos.

Cordialmente,
Conselho Editorial

PINEB organiza seminário com a Dra. Amanda Kearney

Segue abaixo primeiras informações (ainda sem confirmação definitiva de data e horário):

Olá,

Convidei a Dr. Amanda Kearney, Lecturer in Anthropology na School of Social Sciences and International Studies, University of New South Wales, que está entre nós, para apresentar um Seminário sobre o tema, 

Emerging & Resurging Ethnicities Towards an understanding of complex ethnic categories in post-colonial Australia and post-Imperial Brasil

na sexta-feira da próxima semana. Ocorre que ela não se sente em condições de fazer a exposição em português, o que, na prática, constitui um obstáculo para muitos. Consulto-lhes, pois, sobre a conveniência de realizarmos o Seminário, em inglês, esperando que os interessados se manifestem!

AbraçoS, até mais, Rosário

sábado, 15 de janeiro de 2011

UFBA sediará o XI Congresso Luso Afro Brasileiro

A cidade de Salvador foi escolhida para abrigar, pela primeira vez, o Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais, nos dias 07, 08, 09 e 10 de Agosto deste 2011. O Evento, que está em sua décima primeira edição, tem como tema as "Diversidades e (Des)Igualdades", que serão discutidos em 11 eixos temáticos. Durante os quatro dias de evento, especialistas em ciências sociais e humanidades de diversos países estarão reunidos para debater a diversidade e a complexidade de sociedades diferenciadas, nos mais variados aspectos, como é o caso dos países de língua portuguesa.

A programação acadêmica acontece no campus de Ondina da UFBA, e conta com a realização de eventos públicos e atividades culturais no centro histórico de Salvador. O XI Congresso Luso Afro Brasileiro está sendo organizado por um comitê composto de pesquisadores de todas as universidades publicas da Bahia, com a coordenação do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia.

O X Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais, aconteceu na Universidade do Minho- Campus de Gualtar - BRAGA - PORTUGAL de 04 a 07 de Fevereiro de 2009 e reuniu cerca de dois mil participantes. Para esta edição, estima-se um público ainda maior.

Mais informações em: http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/#


Primeira Circular: IX Reunião de Antropologia do MERCOSUL



IX Reunião de Antropologia do MERCOSUL: Culturas, Encontros e Desigualdades

Evento: IX Reunião de Antropologia do MERCOSUL: Culturas, Encontros e Desigualdades
Data: 10-13/julho/2011
Local: Universidade Federal do Paraná UFPR/Curitiba Paraná
Site: http://www.ram2011.org/


Primeira circular

Entre os dias 10 e 13 de julho de 2011 acontecerá em Curitiba (PR), Brasil, no campus da UFPR, a IX Reunião de Antropologia do MERCOSUL, com o tema Culturas, Encontros e Desigualdades.
A IX RAM será organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia e pelo Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que convidam a comunidade acadêmica a apresentar suas propostas de trabalho, como disposto a seguir.

Resumo do cronograma para submissão de propostas de Grupos de Trabalho e Mesas Redondas

Etapa Período
Inscrição de propostas para a realização de Grupos de Trabalho Até 17/12/2010
Inscrição de propostas para a realização de Mesas Redondas Até 21/01/2011
Inscrição on-line de propostas de trabalho nos GTs programados 26/01 a 3/3/2011
Divulgação programação geral dos GTs e Mesas Redondas Até 1/4/2001
Prazo final para envio da íntegra dos trabalhos aceitos 9/6/2011

1) Normas para a apresentação de propostas de Grupos de Trabalho (GTs)
Os GTs devem possuir dois ou três coordenadores, provenientes de ao menos dois países e instituições diferentes. Ao menos um dos coordenadores deve ter título de doutor. Os GTs ocorrerão em três (3) sessões, com o máximo de seis (6) apresentações orais por sessão, não ultrapassando o total de 18 trabalhos por grupo. Em cada GT poderão ser igualmente selecionados até seis trabalhos para serem apresentados em formato de painéis, perfazendo dois painéis por sessão. A critério dos coordenadores, poderão ser previstos debatedores na programação. As propostas serão avaliadas pelo comitê acadêmico, que poderá recomendar agrupamentos por afinidade temática após prévia consulta aos coordenadores.

As propostas de Grupos de Trabalho devem ser encaminhadas via formulário anexo para o seguinte endereço eletrônico: ram@ram2011.org.

Download do formulário anexo.
Os grupos se reunirão nas tardes dos dias 11, 12 e 13 de julho de 2011.

2) Normas para apresentação de propostas de Mesas Redondas (MRs)
Podem propor mesa redonda: pesquisadores e professores detentores da titulação acadêmica mínima de doutores.
As Mesas Redondas são formadas por até quatro participantes, sendo um deles o(a) coordenador(a) - que deve possuir o título de doutor(a). Os integrantes devem ser de instituições diferentes, provenientes de, pelo menos, dois países. O coordenador responsabiliza-se pelo encaminhamento da proposta, que deve conter as seguintes informações:
1. Título da MR
2. Ementa da mesa (até 900 caracteres, incluindo espaço)
3. Palavras-chave
4. Nome, filiação institucional, e-mail e telefone de todos os participantes
As mesas serão realizadas prioritariamente no período da manhã, entre os dias 11,12 e 13 de julho de 2011.

OBSERVAÇÕES GERAIS

a) FINANCIAMENTO:
Todos os participantes devem procurar fontes alternativas, ou recursos próprios, para a viabilização de sua viagem a Curitiba. A organização do evento empreenderá todas as gestões possíveis para apoiar a vinda de até 1 coordenador(a) por GT e até dois participantes de mesas redondas.
b) "PAPERS":
Todos os participantes com trabalho aceito deverão encaminhar para a organização da Reunião, até o dia 09/06/2011, a versão integral de suas apresentações, a fim de compor os anais do evento.
Em breve, será disponibilizado website da IX RAM, onde mais informações serão divulgadas.


Curitiba, 20 de outubro de 2010.
Comitê Executivo
Universidade Federal do Paraná
Departamento de Antropologia
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social